Descubra como usar a tabela Fipe para negociar o preço do seu carro

Você quer vender seu carro, mas não sabe ao certo quanto pode realmente pedir por ele, e qual é o valor mínimo que deveria aceitar para não sair no prejuízo? Considera utilizar a famosa Tabela Fipe como referência?

Bem... Saiba que você definitivamente não está sozinho!

Muitas pessoas se veem diante desse tipo de cenário constantemente e, dadas todas as variáveis que podem existir nesse tipo de negociação, ainda mais se tratando de um item de valor consideravelmente alto, torna-se muito plausível a iniciativa de buscar informações e orientações.

Não é raro, por sinal, encontrar quem busque usar a tabela em questão como base. Porém, esse uso em boa parte das vezes ocorre de forma um tanto quanto equivocada, conforme iremos explicar no decorrer deste artigo.

Leia cada tópico até o final, e entenda o que de fato deve fazer para negociar o preço do seu carro da forma mais certeira possível.

Do que realmente se trata a Tabela Fipe

Explicando da forma mais simples e direta possível, a famosa tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (daí vem a sigla FIPE) é, na verdade, como um grande parâmetro, que reflete a média de preços considerando o mercado nacional. Porém, para isso, ela desconsidera inúmeros itens que são considerados importantes na hora de vender e comprar um veículo.

A dica, inclusive, é que ela não seja usada como único critério na hora de definir preços, uma vez que tem como real propósito fazer o cálculo anual do Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e, ainda, o cálculo de quanto pode custar a contratação de seguro para um carro, por exemplo.

Aqui dizemos “por exemplo” pelo fato de a Tabela Fipe também teR suas versões voltadas para caminhões e motocicletas.

Mas, neste artigo, vamos falar especificamente dos veículos de quatro rodas (embora as informações, de modo geral, sejam válidas no que diz respeito a todos os veículos).

Como usar essa tabela na hora de negociar o preço do seu carro

Agora que você já conhece a real utilidade da Tabela Fipe, considerando que os preços nela estipulados estão mais voltados para os impostos e até mesmo para os valores referentes ao seguro automotivo, é hora de saber como, exatamente, pode vir a usá-la a seu favor.

Assim sendo, a dica imprescindível a se utilizar nesse momento é entender que, por mais que esta tabela indique que seu carro está com um ótimo valor de revenda, é preciso colocar os pés no chão e compreender que outros fatores devem ser levados em consideração.

Inclusive, a própria Fundação mencionada anteriormente afirma que a tabela deve ser apenas uma referência, e que o valor do carro sempre poderá ser diferente daquele tabelado, seja para mais ou para menos.

Como está o estado da lataria do seu carro, por exemplo?

Ele está exigindo muitas manutenções ultimamente?

E a parte interna, está bem conservada ou cheia de marcas de uso?

Tudo isso, afinal, influencia no valor final de compra e venda de um veículo.

Vale saber, ainda, que principalmente no que diz respeito às lojas, você dificilmente irá conseguir um valor idêntico ao da Tabela Fipe, ao “passar seu carro pra frente”. Afinal, além da natural depreciação do veículo, estas lojas são empresas que querem obter lucro, o que faz com que simplesmente não tenha sentido que respeitem o valor da tabela em questão, se não enxergarem vantagem financeira nisso.

Esta tabela de fato deve ser consultada, claro.

Mas, se você de fato se preocupa com o preço, é válido que pesquise também o valor de mercado do exato modelo de carro que você tem na garagem. Desta forma, será possível descobrir quais estão sendo os valores praticados, e tirar uma média, considerando também o estado em que o veículo se encontra.

Assim, as chances de fazer um bom negócio são maiores.

Supondo que, de modo geral, este modelo usado esteja sendo comercializado na sua região por R$ 20 mil, e que o seu carro está em ótimas condições, você já conseguirá determinar o mínimo que deseja receber na venda.

E, então, a próxima etapa será finalmente começar a negociar, tanto com as lojas quanto com os compradores particulares.

E isso, claro, também tendo em mente o preço da Tabela Fipe, pois também é uma média muito válida.

Vale lembrar, por fim, que se o veículo estiver literalmente nas mais perfeitas condições, e se tiver rodado pouco, por exemplo, também há chances (embora bem mais raras) de conseguir por ele exatamente o valor que consta na tabela, ou até um pouco mais.

Trata-se de algo que tem mais tendência a acontecer no que diz respeito às compras particulares.

“Saiu da loja, perdeu o valor”

De modo geral, a partir do momento em que compra um carro, você já deve ter em mente que acabará vendendo ele por menos dinheiro. E isso já é senso comum entre as pessoas que dirigem.

Inclusive, embora exista a Tabela Fipe como ponto de partida, e toda uma extensa pesquisa que você pode fazer por conta própria, considerando as lojas e os anúncios da sua cidade (no que diz respeito aos carros do mesmo modelo que o seu que estão à venda), sempre prepare-se para encontrar certa resistência por parte do comprador. Prepare-se, também, para ter que negociar um pouco.

Sabemos que isso pode parecer desanimador, mas é algo perfeitamente comum dentro do mercado automotivo.

E, mais importante ainda: se dedicar a vender seu carro pode ser, também, o “pontapé” inicial para conseguir ter um carro de outro modelo, que seja seu sonho de consumo no momento.

Aliás...

Você sabia que, a depender da sua rotina, não precisa necessariamente comprar outro veículo para ver suas necessidades de locomoção atendidas?

A modalidade de aluguel de carros funciona muito bem no mercado brasileiro, e, o melhor: nela estão inclusos ótimos veículos!

Na dúvida entre comprar ou alugar, não deixe de ler o artigo Como decidir: comprar ou alugar um carro em 2023. Acredite: este conteúdo de fato irá te ajudar a adotar a melhor decisão para o seu caso.